A grande questão da humanidade: ''Deus''

    
     Putz é foda quando eu digo que não consigo mais acreditar naquilo que todos acreditam, e já não aguento mais conviver com isso e quando perguntam:
- Você acredita em Deus?
- Não mais.
    As pessoas se sentem ofendidas com isso, se afastam de mim, me ignoram a ponto de nem falar mais comigo. Mais quem se importa? Eu não ligo. Não tenho culpa de ser assim, eu não acredito nessa forma que todos acreditam em 'Deus', não creio nessas doutrinas nem em religiões.Não acredito nesse 'Deus' que os outros querem me vender, querem enfiar na minha cabeça que Ele é bom, que quer nos salvar, que há uma recompensa no além, acreditar  nisso que condena, que salva, que mata., acreditar em toda essa contradição é o mesmo de alienar-se de si . Eu acredito no que eu vivo, na minha existência, no que até agora eu pude sentir, ver ou tocar. Não vou ser hipócrita, dizer que sinto o que eu não sinto, ver o que eu não vejo, não vou me entregar a essas idéias formadas que muitos tem enfiados em suas mentes como "verdades absolutas'. Eu penso por mim mesmo, pela minha existência e pela capacidade que todos nós temos de ter a chance unica de existir em um pequeno mundo desconhecido.
    Mais essa não é a história de um pequeno ser discrente. Deus é algo inexplicável, que a mente humana não é capaz de dizer, não há explicação para o que seja  Deus, nem há conceito para o mesmo pois como eu vou saber se o Deus que você fala é a mesma referência de Deus que eu tenho?     Aqueles que questionam: Deus existe? Tem-se a idéia de que haja somente um Deus, mais ai já entram em características de religiões monoteístas e ai entra a questão do Deus que influência nessas tais religiões.
     A nossa sociedade é 'cristã', e claro que a idéia de Deus é presa a essa linha de pensamento introduzida na família e na sociedade em modo geral. Não há uma explicação para o sentido de 'Deus', se a sociedade adotasse uma linha de crença politeísta, a pergunta seria: "Os deuses existem?". Se fosse uma sociedade que predominasse o ateísmo a pergunta seria: "Deus não existe?".
     Na minha vida e nesse exato momento eu não tenho fé alguma, de sorte, às vezes tenho crenças momentâneas que se esvaem. Tudo que eu sei é que existo, vivo, o universo e tudo que nele há são mistérios que nunca poderíamos entender. Mais algo visível é que tudo ao redor não foi mera coincidência do acaso, tudo tem uma origem, uma causa e talvez um sentido. "Penso, logo existo "(duvido).

Só acredito no semáforo, só acredito no avião, eu acredito no relógio, só acredito Eu só acredito... ♫

Eu não acredito em Deus, no pai perfeito e de como as pessoas dependem da opinião de Deus. Não quero esse pai perfeito, não quero porra nenhuma perfeita. Eu acho que Deus sou eu, eu sou a consciência divina, você é, todos são. É a maneira como as coisas se revelam. Deus é o abrir e fechar de olhos porque você abre e fecha e muda o mundo da maneira que você se propuser.

- A esse ponto, não posso evitar um suspiro. Há dias em que sou invadido por um sentimento mais negro que a mais negra melancolia - o despreso pelos homens. E, para não deixar dúvida sobre o que e quem desprezo: é o homem de hoje, o homem de quem, por fatal destino, sou conteporâneo. O homem de hoje - seu hálito podre me asfixia. Em relação ao passado, sou, como todos os homens de conhecimento, de uma grande tolerância, ou seja,  de um magnânimo controle sobre mim mesmo: pecorro esse universo de casas de loucos com uma morosa circunspecção, chamem isso de ''cristianismo'', ''fé cristã", ''igreja cristã'' - tomo o cuidado de não resposabilisar a humanidade por suas doenças mentais. Mas meu sentimento muda completamente, irrompe desde que penetro na época moderna, nessa época. Nossa época é uma época que sabe... O que outrora era apenas doentio, hoje se tornou indecente - é indecente hoje ser cristão. E é ai que começa meu desgosto. - Olho à minha volta: não resta sequer uma palavra do que outrora se chamava ''verdade''; não suportamos mais que um padre (ou pastor) chegue até mesmo a pronunciar a palavra ''verdade''. Mesmo que se tivesse as mais modestas exigências em matéria de probidade, deve-se saber que um teólogo, um padre, um papa, um pastor, a cada frase que pronuncia, não apenas se engana, mas mente - já não tem mais até mesmo a liberdade de mentir por ''inocência'' ou por ''ignorância''. O padre (ou pastor) também, como qualquer outro, sabe que não há mais ''Deus'', nem ''pecador'', nem ''salvador'' - que ''livre-arbítrio'', ''ordem moral do mundo'' são mentiras: - a seriedade, a profunda alto-superação do espíritonão autoriza mais ninguém à ignorância sobre esse ponto... Todas as noções da igreja são reconhecidas pelo que são, a saber, a mais astuciosa falcificação que possa existir, a fim de desvalorizar a natureza, os valores naturais; o próprio padre (ou pastor) é visto como realmente é, ou seja, a mais perigosa espécie de parasita, a verdadeira aranha venenosa que mata a vida... Sabemos, nossa conciência sabe hoje - o que valem exatamente as invenções inquietantes dos padres (ou pastores) e da igreja, e para que serviram, elas que levaram a humanidade a uma situação de tal desonra de si mesma que seu aspecto provoca náusea - as noções do ''além'', do ''juíso-final'', da ''imortalidade da alma'', da própria ''alma'': são instrumentos de tortura, são sistemas de crueldade que permitiram ao padre (ou pastor) tornar-se mestre e de manter-se como tal... Ninguém o ignora: e mesmo assim nada muda. Para onde foi nosso último sentimento de decência, de respeito de si, quando até nossos homens de Estado, em geral espécie de homens totalmente desprovidos de preconceitos e fundamentalmente anticristãos em seus atos, se intitulam ainda cristãos e participam da ceia sagrada?... Um jovem práncipe à testa de seus regimentos, expressão magnífica do egoísmo e da arrogância de seu povo - mas que, despido de toda vergonha, confessa que é cristão!... Quem é, portanto, que o cristianismo nega? O que ele chama de ''o mundo''? O fato de ser soldado, ser juiz, ser patriota; de se defender; de zelar por sua honra; de procurar a própria vantagem; de ser orgulhoso... A prática de todo instante, todo instinto, toda avaliação convertida em ato são hoje anticristãos: que espécie de aborto de falcidade deve ser o homem moderno para não ter de jeito nenhum vergonha de chamar-se cristão!

(O Anticristo - Nietzsche)

Capitulo 5

    

     Não. Eu não preciso de um sentido na vida ou um objetivo que seja. Uma vida com sentido seria sem sentido, não preciso de nenhuma ideologia, ter uma ideologia em um mundo de seres autênticos seria desnecessária. Somos seres vivos e existir é viver, vida é viver.
     Para que serve as ideologias, os objetivos, para que ter uma finalidade?  Minha vida não tem qualquer finalidade e nenhum objetivo, nem direção, não faz o menor sentido e então eu continuo vivendo e seguindo o que muitos chamam de destino. Continuo saindo com amigos (ou conhecidos), indo á igreja, ouvindo baboseiras, vendo TV, falando tanta merda, escrevendo, comprando, ouvindo musica, eu continuo existindo.
     Viver é isso. É entender o fato da sua existência e ver que tudo ao seu redor é maravilhoso, é belo, é drástico, é horrível, triste e sem sentido. Viver é perceber que estamos em uma aventura e que nos foi concedido, somente uma vida para sentir sentimentos até então desconhecidos, conhecer as mais loucas sensações, sofrer na amargura de que tudo não é da forma que queríamos porque nada nos pertence. Se deixar levar pelo simples fato de que tudo é passageiro e que até nós um dia vamos cair no mar monstruoso do esquecimento e outros virão e procurarão sentidos para suas vidas vazias e mais cedo ou mais tarde perceberão de que tudo não passa de ilusão.
      Ter essa certeza da vida me leva ao tédio a melancolia. O tédio leva tanto à criatividade quanto a loucura, como á agressividades a minha própria consciência. Em busca de se alto afirmar, de um sentido ou de um objetivo de todas essas nossas certezas. Mesmo que o universo tende a se destruir e a se reconstruir tudo continuará sem o menor sentido e continuará nesse imenso ciclo. O homem mal pisou na Lua e já começa a brigar por território. Em maiores ou menores proporções, a humanidade não sabe fazer outra coisa, a não ser explorar, conquistar, registrar, modificar e consumir tudo e todos. Não passam de animais que se acham racionais e superiores. Mas o que leva a razão do homem dito sofisticado, á "querer"? Não temos controle. Como também, não teremos a resposta ao tempo e a tudo.
     Vejo muitas pessoas procurando dar sentido as suas vidas, passando todo o tempo procurando algo para preencher o vazio de seus corações e não percebem que não a sentido nem causa ou objetivo. Quando paro e olho a imensidão do universo, paro pra pensar em qual lição Deus quis ensinar quando criou tudo isso? E a pra quem serviria essa lição? Ou que talvez toda essa magnífica criação tenha sido somente uma experiência que tenha fugido do Seu controle. Só me resta seguir meu “caminho” e agradecer:

     Obrigado “Senhor Criador” por essa vida e todas essas coisas que não fazem nenhum sentido.      

"Sua mente é a simplicidade livre de ego e de um eu. Então permaneça em seu estado auto-ocorrente, auto-acalmante, livre de artifício! Nesse momento, o êxtase surge do interior; os sinais de progresso ocorrem espontâneamente, isto é em si mesmo o estado desperto!
(Padmasambhava para seu discípulo Namkhai Nyingpo)

Capitulo 4

     Tenho a impressão que os dias nessa semana passaram rápido de mais, ainda me lembro de domingo, que como todos são chatos e cada vez que a segunda feira se aproxima é um motivo para querer que o domingo nunca acabe, mais o domingo sempre acaba e tanto em casa quanto passando na igreja ou onde quer que seja. Na segunda ainda somos possuídos pela preguiça do final de semana que se passou.  Mais incrivelmente essa semana foi rápida, não sei se sou eu que estou perdido no tempo ou se cada vez que vamos ficando mais velhos a impressão de que as coisas estão andando rápido de mais vai crescendo e cada vez mais forte.
    Sinto-me alienado, sem fazer nada que seja produtivo, meus livros?  já li todos, minhas musicas ficaram enjoadas de mais, nada me causa espanto, nem me sinto feliz ou triste com o mundo ao redor, sinto-me como um ser que sou, programado em cumprir o que foi predestinado (falo de nascer, crescer e morrer). Estou cada dia mais aceitando o fato de que a vida é só isso, tenho que encontrar um ideal para mim, algo para lutar. Preciso de um objetivo e disso que ultimamente penso estar á procura.
     Estou passando por aquele momento de parar e observar ao meu redor. Eu que já era por muitas vezes um curioso más nesses dias vivo parado observando com mais atenção tudo que da vazão ao significado que objetiva o mundo a continuar girando. Nesse meu  estado estaguinado interiormente fico só a observar, as pessoas, os ambientes que ultimamente passo. E se eu preciso de um objetivo ou um ideal de vida, o melhor é tentar identificar e perceber o que vale a pena (ou por uma vida inteira lutar).
     Parado aqui nesse quarto escuro ouvindo musica, com os olhos ardendo e sem conseguir dormir que me encontro nesse momento e amanha a vida continua. Uma nova manhã, um novo dia e quem sabe mais um longo caminho a percorrer ou talvez, quem sabe, ela (a vida) acabe, por si só, hoje ou agora, mais se assim não acontecer me resta continuar vivendo e quando o dia nascer olhar pro céu e não com palavras mais em pensamento dizer:
       -E agora o que mais SENHOR-TODO-PODEROSO? 

Capitulo 3

  
      Hoje é domingo, um dia sem nada para fazer  somente ficar em casa vendo programas chatos na TV, domingo realmente é uma merda. É engraçado o jeito em que as pessoas convivem, fico reparando o relacionamento dos meus pais, tem lá aqueles momentos que tudo parece tão bem, mas sempre acontecem deles discutirem, discutem por besteiras, coisas sem muita importância. Tudo começou com um gato que meu pai achou na rua, um gato branco, esquizofrênico, sem muitos cuidados. Minha família tem dessas coisas de querer salvar os animais da rua. Então meu pai teve que viajar e ficou uns três a quatro dias fora, durante esse tempo meu irmão também achou um gato na rua, bem filhotinho e trouxe para casa e quanto ao gato branco minha irmã achou alguém e entregou o gato, então quando meu pai chegou de viajem  foi aquela confusão. Nunca imaginei que discutiriam por tão pouca coisa, o clima aqui em casa está complicado, quanto a mim fico quieto, não gosto de discutir e isso é problema deles. O jeito é esperar as coisas se ajeitarem.
     Ontem foi um dia ótimo, sai com minha amiga Nique, ela é linda tem cabelos cacheados, uma pele morena de dar inveja, é inteligente, esperta, uma ótima amiga. Saímos e fomos passear pelo centro da cidade, entramos em um estúdio de tatuagem, o estúdio parecia um ambiente agradável, calmo e tranqüilo, fomos atendidos super bem. Fica do lado de um bar, onde freqüentam pessoas diferentes, logo na porta tinha um cara de dreads falando ao telefone, algumas mulheres bêbadas (ou pelo menos pareciam bêbadas), saímos de lá e passamos em um hipermercado e compramos uma bebida paramos em uma praça para conversar sobre a vida. É muito bom você se sentir bem quando está com uma pessoa, poder conversar de tudo sem nenhum receio, discutir os mais loucos pensamentos ou somente conversar besteira e é assim que me sinto conversando com Nike, é super agradável a companhia dela. A praça estava calma, nos bancos poderia ver casais se pegando, na grama tinha três caras vestidos de preto com camisetas de bandas de rock conversando ou usando alguma coisa, sei lá. Já estava ficando tarde e tivemos que voltar para casa. Fui ao ponto com a Nike e esperei o ônibus com ela, do outro lado tinha uma menina com mesmo jeito da minha irmã, mesmo estilo, jeito de mexer nos cabelos, de virar o rosto, por alguns momentos pensei ser ela mais não era. Em um momento a moça deve ter se sentido constrangida e mudou de lugar pois eu e Nike não parávamos de olhar para ela.
O ônibus de Nike demorou a chegar, então tive de me despedir. Sai caminhando passei na casa de um amigo mais ele não estava e ai tive que voltar para casa. Tomei um banho fui a igreja com minha irmã, o culto estava chato, o cara que trouxe a mensagem não falava nada com nada e meu pensamento estava longe, assim a noite foi acabando. E hoje é domingo dia de ficar entediado, sem nada para fazer, descansando esperando as horas passarem se aproximando da segunda feira e uma semana de monotonia.

Capitulo 2

    Um belo de um corte na garganta colocaria um fim a tudo isso. Serei mais criativo, vou encher uma banheira de água, embriagar-me de vodca ao som de alguma musica tristonha e lá, bem no finalzinho da noite quando minhas mãos já estiverem enrugadas, a água fria e a madrugada melancólica cortarei meus pulsos, sentirei aquela dorzinha (que por vezes imagino ser bem fina e dói lá no profundo da alma) prazerosa,  agonizando verei como a cor da água vai se transformando em um vermelho tão belo quanto as mais divinas flores que possa existir e assim caminharei rumo ao fim da minha vida - vida essa que acredito até agora, nos meus 22 anos de idade, penso estar vivendo- , realmente seria épico. Mais sou um maldito covarde e curioso, quero ver até que ponto tudo isso possa chegar, preciso ver qual o fim de tudo isso, preciso contemplar até que ponto a raça humana chegará, o que mais poderá acontecer e até onde agüentarei todo esse turbilhão de sentimentos que invadem minha mente confusa e perturbadora.
      Incrivelmente hoje acordei com um sentimento de nostalgia, acreditando que possa talvez existir um futuro promissor, mais sou pessimista de mais para só ver o lado bom das coisas, há varias formas de se perder e por mais que eu possa correr atrás de uma vida melhor e evidentemente que isso não depende somente de mim, tudo poderá ir por água abaixo, afinal eu posso fracassar.  Quem se importa?  Qual o sentido de tudo isso? O que nos faz querer continuar vivendo?  Realmente só pagando pra ver. Esse mesmo sentimento nostálgico me diz que tudo ao redor pode ser pior e não importa o quão bom possa parecer. A nostalgia é algo confuso de se dizer, muitos dizem ser este um segredo para nos sentirmos felizes, que nos ajuda quando nos sentimos sozinhos e tristes, enfim acordar assim nostalgicamente falando é estar perdido em sentimentos que se contradizem.
       Na madrugada ouve um apagão geral e quando a luz voltou, acordei meio desnorteado, a TV do meu quarto estava ligada em um programa religioso e o aparelho de DVD também estava ligado, achei que já tinha amanhecido, dei um pulo da cama pensando estar atrasado para o trabalho, então foi que percebi pelo vidro da porta da sala que o céu ainda estava escuro, caminhei até a cozinha, bebi um pouco d’água e voltei a dormir. Quando o dia amanheceu, fiz o que faço todos os dias: levantei, tomei café e fui para o trabalho, no caminho vi os mesmos rostos que vejo todos os dias, pessoas desconhecidas  seguindo para seus afazeres enquanto a cidade ainda acorda. Adoro caminhar e sentir o vento bater no meu rosto, me faz sentir vivo, me mostra que sensações maravilhosas ainda podem ser encontradas enquanto estamos vivos. O dia foi normal. Cheguei em casa cansado, tomei um banho, olhei meus emails que estavam lotados de mensagens de felicitações, pois hoje dia 4 de fevereiro de 2011 completo mais um ano de vida, estava com um pouco de preguiça em agradecer a todos mas como estava sem nada para fazer, respondi a cada um dos recados . O que esperar da vida daqui pra frente? Na verdade eu não sei. Vou deixar que o destino me responda e que eu encontre forças para seguir em frente, que venha o futuro, eu estou aqui e mesmo que tudo possa parecer difícil eu vou continuar.   

Capitulo 1

   Não tenho a menor idéia de como começar, hoje é dia 3 de fevereiro de 2011 e amanhã é meu aniversario que para mim não faz a mínima diferença. Sei que alguns vão me desejar felicidades, bênçãos e tudo mais, só que a cada dia que passa essa palavra “felicidade” se torna um utopia em minha vida. A felicidade para mim é algo inalcançável, mais isso é outra historia. Vou completar 22 anos de idade e não fiz nada que seja digno de honra, estou falido, tenho um emprego, emprego? Trabalho de merda isso sim, não tenho grana, e sinto tanto medo do futuro, medo de ter uma vida medíocre, de não encontrar algo que faça valer pena viver. Há um imenso vazio no meu peito, que não a como preencher, não há religião, crença nem nada que acabe com esse vazio. A vida é triste,tudo não passa de ciclos: nós nascemos, crescemos, reproduzimos e depois a morte e a partir daí meu caro leitor é tudo um grande mistério que as religiões tentam explicar, que as pessoas tem medo de enfrentar. Não tenho medo da morte, pior é viver uma vida sem sentido, estando em meio a multidões e se sentindo sozinho.
    Hoje foi um dia cansativo, acordei cedo, tipo 5:30 por ai da manhã e fiquei deitado olhando para o nada e tentando achar um motivo para o qual continuar vivendo. Meu quarto estava uma zona, parecido quarto de manicômio, levantei, lavei meu rosto, abri a porta dos fundos, estava uma manhã fria e triste, tomei o café da manhã e sair para o trabalho. Trabalho ultimamente em uma fábrica, mais não sei se no meu destino continuarei lá, bem que eu poderia pensar em passar o resto da minha vida preso em um emprego sem a menor chance de crescer financeiramente falando, mais não, tenho outros planos  pretendo estudar, fazer faculdade de letras ou filosofia quem sabe... o futuro a mim não pertence. A tempos atrás vivia em casa como uma parasita, não tinha hora pra dormir nem hora pra acordar, consegui um curso de administração, no começo foi chato mais depois comecei a gostar das aulas, das pessoas, mais o curso acabou as pessoas seguirão seus caminhos e tudo ficou no passado. Queria voltar ao passado,  tentar encarar a vida como uma pessoa normal, sem questionamentos, sem duvidas, queria me agarrar a algo que fizesse sentido para mim, queria uma religião e assim apodrecer em um banco de igreja esperando um apocalipse triunfal. Fiz tudo isso, mais não me encaixei nos padrões, talvez eu queira estar assim mesmo, livre de tudo que me prendesse, talvez eu devo ficar aqui caminhando com minhas duvidas e tristezas, talvez esse seria o preço a pagar por querer saber de mais, por questionar a tudo, talvez seja essa minha sina.
    Não me lembro de muita coisa da infância, é engraçado, só começamos a enxergar a vida depois de uma certa idade, quando crianças tudo é tão novo, divertido,  ingênuo. A melhor época da vida é a de quando se é criança, sem preocupações, tudo é motivo para sorrir, tudo não passa de ilusão depois.  Hoje preciso de algo que me traga de volta, que arranque de mim esses pensamentos suicidas.