Não solta da minha mão...



Tu és a unica canção que pode tocar milhões de vezes em meu ser e eu jamais cansarei de ouvir. Pois tu és agora a batida do meu coração, o som que floresce dentro de mim em cada estrofe, em cada melodia. Tu és o refrão que me contagia no fundo do peito, trazendo a maior magia, o mair sentimento, todo meu corpo treme quando te ouço. E nada mais está ao meu redor, só a nossa música "wake me up"... para sempre na minha cabeça, detalhando sensações que tenho ao te sentir, "uma questão de pele". Meu barulho preferido, nunca esquecido. O único que não enjoo, porque mesmo escutando todos os dias, em cada play é como se fosse a primeira vez, é como se o tempo não existisse, é como ser eterno.

Capítulo 13 " Agora teu mundo é meu mundo... tua vida é minha vida"

     Sabe quando conhecemos alguém e temos a certeza de que é com essa pessoa que queremos passar o resto de nossas vidas? Nunca pensei que você me deixaria desse jeito sem dormir direito... imaginei que fosse uma pessoa qualquer, passageira... mais você veio invadiu meu coração de uma maneira tão profunda que meu pensamento não tem espaço pra mais nada e agora meu mundo é teu mundo, e cresce cada dia em mim um sentimento maior, quero passar o resto da minha existência contigo, mesmo que esteja longe... mais está aqui dentro de mim.
     Me surpreendestes com essa capacidade de amar e agora eu pareço um adolescente bobo que pela primeira vez sentiu seu coração disparar e que pela primeira vez sentiu um tocar de lábios tão puro, tão angelical que é como se sentisse Deus ou estivesse no céu.
     O que realmente você fez comigo? acho que nem você sabe, mais afinal pra que questionar o que nos faz bem? Vai ser difícil pra mim passar dias e dias sem te ver, só que a certeza de que estais viva, acordando, nem que seja por um "sms" me faz feliz, sou feliz por ter te encontrado e percebido que talvez em ti encontrei a razão para minha vida... e a razão é você. Tuas mãos macias, tua pele clara, teus cabelos negros ao vento, olhos lindos me deixaram encantado... Não é somente simpatia me passa essa tua beleza e sim algo muito além que não se pode definir em simples palavras o que você por si só já se define... preciso do teu carinho, do teu abraço, da tua voz falando baixinho, preciso de ti... te envolver no meu abraço é como se o mundo ao redor deixasse de existir e só houvesse você a me endoidecer... preciso-te nos domingos de tédio com fones nos ouvidos ao som de uma banda qualquer... nas madrugadas noite a dentro e cada dia ficará marcado em nossas fotos, nossos corações em nossa memória. Enquanto muitos querem todas do mundo eu só quero você cada dia mais perto, aqui no meu coração guardadinha pra te carregar junto comigo todos os dias.

Notas do Subsolo – Dostoiévski Fim...

(...)


     Mesmo agora, quando já me passaram tantos anos, isso tudo me vem à memória de maneira excessivamente ruim. Tenho tido muitas lembranças ruins agora, mas... não será melhor terminar aqui estas notas? Parece-me que cometi um erro ao começar a escrevê-las. Pelo menos fiquei envergonhado durante todo o tempo que levei para escrever esta narrativa: consequentemente, isso já não é literatura, e sim um castigo correcional. Pois fazer longos relatos de com estraguei minha vida apodrecendo moralmente num canto, com as deficiências do ambiente, desabituando-me da vida e com meu ódio vaidoso do subsolo - por Deus que não é interessante. Um romance precisa de um herói, e aqui foram reunidos intencionalmente todos os traços para um anti-herói, e, o que é mais importante, tudo isso vai produzir uma impressão muito desagradável, porque nós todos nos desacostumamos da vida, uns mais, outros menos, e nos desacostumamos a ponto de sentir as vezes uma certa repugnância pela verdadeira "vida viva" , e por isso não podemos suportar que nos façam lembrar dela. Pois chegamos ao ponto de quase achar que a verdadeira "vida viva" é um trabalho, quase um emprego, e todos nós no íntimo pensamos que nos livros é melhor. E por que às vezes ficamos irrequietos, inventamos caprichos? E o que pedimos! Nós mesmos não sabemos. Nós mesmos nos sentiremos pior se nossos pedidos delirantes forem atendidos. Pois bem, façam uma experiência, deem-nos, por exemplo, mais independência, desamarrem as mãos de qualquer um de nós... eu lhes asseguro: nós imediatamente pediremos de volta a tutela. Sei que os senhores talvez fiquem bravos comigo, comecem a gritar e a bater os pés: "Fale somente sobre si mesmo e sobre suas misérias no subsolo, mas não ouse dizer todos nós". Permita-me, senhores, eu não estou me justificando quando digo todos. E no que me diz respeito, eu apenas levei as ultimas consequências na minha vida aquilo que os senhores não tiveram coragem de levar nem à metade, e ainda por cima acharam que sua covardia era bom-censo, consolando-se e agarrando a si próprios com isso. De modo que talvez eu seja mais "vivo" que os senhores. Olhem com mais atenção! Nós nem sabemos onde vive essa coisa viva, o que ela é, como chamá-la! Deixem-nos sós, sem livros, e imediatamente ficaremos confusos, perdidos - não saberemos quem nos unir, o que devemos apoiar; o que amar e o que odiar; o que respeitar e o que desprezar. Até mesmo nos é difícil ser gente - gente com seu próprio e verdadeiro corpo e sangue; sentimos vergonha disso, achamos que é um demérito e nos esforçamos para ser uma espécie inexistente de homens em geral. Somos natimortos, e há muito tempo nascemos não de pais vivos, e isso nos agrada cada vez mais. Estamos tomando gosto. Em breve vamos querer nascer da ideia, de algum modo. Mas basta, não quero mais escrever "do subsolo"...
     Entretanto, aqui não termina estas "notas" desse paradoxista. O autor não resistiu e prosseguiu com elas. Mas nós também pensamos que é possível terminar por aqui.

6 Notas do Subsolo – Dostoiévski




     Em algum lugar atrás do tabique um relógio começou a roncar, como se estivesse sendo fortemente exprimido ou asfixiado. Depois de uns roncos estranhamente prolongados surgiu-se um badalar finito, nojentinho, inesperadamente rápido: era como se alguém de repente tivesse dado um salto para frente. O relógio deu duas horas. Recobrei a consciência, embora não tivesse dormido, apenas permanecera deitado, em estado semiconsciente. O quarto estreito, apertado e de teto baixo, entulhado por um enorme guarda-roupa, caixas de papelão, roupas amontoadas e todo tipo de trastes do gênero, estava quase totalmente escuro. Sobre uma mesa, na outra extremidade do quarto, extinguia-se a chama de um toco de vela, emitindo de quando em quando uns lampejos fracos. Dali a alguns segundos a treva seria total. 
    Voltei a mim rapidamente: veio-me tudo à memória, sem esforço e de uma vez só, como se as lembranças estivessem de tocaia, esperando que eu acordasse para saltarem sobre mim de novo. E, mesmo no estado de sonolência, havia permanecido sempre um pontinho na memória que se recusava a esquecer, e ao seu redor giravam pesadamente meus sonhos. Mas era estranho: tudo o que me acontecera naquele dia parecia-me agora, depois de desperto, algo acontecido havia muito tempo, como se eu tivesse vivido aquilo num tempo muito anterior.
     Tinha a cabeça entorpecida. Parecia que alguma coisa pairava sobre mim, e essa coisa me roçava, excitava e incomodava. A angústia, e a raiva novamente começaram a ferver e buscavam saída. Subitamente vi ao meu lado dois olhos abertos que insistentemente me examinavam com curiosidade. Era um olha frio, indiferente, sombrio, como de uma pessoa totalmente estranha; passava uma impressão pesada.
     Um pensamento sombrio nasceu no meu cérebro e espalhou-se pelo meu corpo como uma sensação horrível, semelhante á que se sente quando se entra num porão úmido e bolorento. Era pouco natural que aqueles dois olhos resolvessem me examinar precisamente naquele instante. Também me dei conta de que no decorrer de duas horas eu não dissera uma palavra àquela criatura, e nem havia julgado isso necessário: ao contrário, por algum motivo isso me parecera até agradável. Mas agora, de repente, surgiu-me com clareza a ideia da depravação, absurda, repugnante com uma aranha, que, sem amor, brutal e despudoramente, começa diretamente por aquilo que deve criar  verdadeiro amor.  Olhamos um para o outro durante muito tempo, mas ela não baixava os olhos diante dos meus e não alterava seu olhar, de modo que, por fim, comecei a sentir um certo pavor.


Mr. Blues & Lady Jazz

Ele se sente morto. Não. Morto seria um estado. Mas ele não pertence. Não está e nunca esteve. Se esteve não tem lembrança, memória, consciência. Está nulo e sente que será nulo para sempre. Vivendo ao contrário, sentindo ao contrário, está avesso aos homens, rascunhando no verso da vida seu esforço maníaco de andar reto em linhas tortas. Já invocou os nomes de todos os demônios mas nem um se interessa pelo homem sem alma. Se o vento pode atravessar o seu corpo, poderia sentir como uma dádiva mas quando a luz atravessa o seu corpo é porque está irremediavelmente condenado a vagar pela terra desolada. Como se monta a cronologia de um homem? Entre as repetições infinitas e insensatas de nascimento e morte, alternância diária entre sofrimento consciente e morte induzida, constantes mortes em vida e heroicos renascimentos, como ordenar o verdadeiro início e fim? Rodas entrelaçadas girando em rotações diferentes, de diferentes raios e em diferentes direções, transferindo o peso e a velocidade do destino, qual é o instante fatal em que acontece a sutil e ao mesmo tempo crucial mudança na vida de um homem? Qual é o momento primeiro para o isolamento perpétuo? Solidão. Este é o mal, justificativa e manifestação primitiva da dor de termos nascido. 

O Curioso Caso Benjamin Button

Para as coisas importantes, nunca é tarde demais, ou no meu caso, muito cedo, para sermos quem queremos.Não há um limite de tempo, comece quando quiser. Você pode mudar ou não. 
Não há regras. Podemos fazer o melhor ou o pior.  Espero que você faça o melhor. Espero que veja as coisas que a assustam. Espero que sinta coisas
que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com diferentes opiniões. Espero que viva uma vida da qual se orgulhe. Se você achar que não tem, espero que tenha a força para começar novamente.