Tempo... capítulo 12

"besta velha
falso, até nunca!
Ciao, ciao, ciao
Falso como tu
Só merece pau.
É tolice me percurar
porque ja estou
longe.
Sim, besta!"




Historia, sim historia. No instante afundar-me no passado me parece uma fulga, uma busca pela compreenção/compensação. 
O tempo passa rápido e me vejo escravo dele, todos nós somos escravos do tempo e o presente é...é tão vazio agora.

(Indo embora os momentos que formam um dia monótono
Você desperdiça e perde as horas de uma maneira descontrolada
Perambulando num pedaço de terra na sua cidade natal
Esperando alguém ou algo que venha mostrar-lhe o caminho)



Time 


Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an off hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way


Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun


And you run and you run to catch up with the sun, but it's sinking
And racing around to come up behind you again
The sun is the same in a relative way, but you're older
Shorter of breath and one day closer to death


Every year is getting shorter, never seem to find the time
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone the song is over, thought I'd something more to say


Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells


 Não há nada para surpreender-se, 
o vazio, a faLta de sentido e a moléstia é o que resta nos dias de hoje e eu vou tantar passar em historia ( embora eu não esteja estudando, nem fazendo nada ou o necessário para passar no vest.) porque hoje em dia nada me interessa. 
o mundo caminha para uma destrUição, as pessoas se matam na monotonia da existência e o tempo passa e como passa. Como acreditar que realmente temos uma razão para viver? Se a vida é um experimento fraCassado, ou seja, a morte é a saida fatalmente temida.
Minha imagem de uma vida de nada, vivendo por nAda desprovida de sentido, morrer como viveu e um cérebro iludido como a alma do "homem animal do rebanho Santo".

-Eu estou procurando viver sem nenhuma pretensão estilosa do tipo “é legal ser diferente”.
 Porra nenhuma. 
O que eu penso é que simplesmente “ninguém precisa ser igual”.
 Cada pessoa devia andar por aí orando/rezando pela própria Bíblia, ou seja, fazendo suas próprias leis e fazendo uso de seus livres atos assumindo suas consequências.
 Mas não é o que tem acontecido. Numa sociedade onde qualquer babaca quer virar celebridade, a figura do “ninguém” sempre me pareceu o melhor modelo de vida.- 


(Cansado de deitar-se na luz do sol, ficar em casa observando a chuva
Você é jovem e a vida é longa e há tempo para matar hoje
E depois, um dia você descobrirá que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando correr, você perdeu o tiro de partida)

Fantasmas ocultos das forças da vida tentam me trazer de novo à tona buscando meios de colocar-me de volta a mesmisse do cotidiano. A dias me via em estado de entrega.
Me jogando na bebida, no cigarro, na boemia, em literatura e estudos vagos... mais cancei, renunciar os rumos da inteligência e viver simplesmente ocupando o tempo...

(E você corre e corre para alcançar o sol mas ele está se pondo
E girando ao redor da Terra para nascer atrás de você outra vez
O sol é o mesmo de uma forma relativa, mas você está mais velho
Com pouco fôlego e um dia mais próximo da morte)


"Onde houver claridade, converta-se em luz fraca de crepúsculo, para que as coisas se tornem indefinidas e possamos gerar nossos fantasmas. Seria uma fórmula para 
nos conciliarmos com o mundo." - eis um pensamento letrado.De tanto pensar me vejo perdido em delírios que se apossaram de mim, que me envolve num sentimento de saudade de tempos passados 
que eu não vivi misturado a um imenso desejo de morte ou a dolorosa liberdade de um mundo que a muito se perdeu na sombra do tempo.

(Cada ano está ficando mais curto, você parece nunca ter tempo.
Planos que dão em nada ou em meia página de linhas rabiscadas
Aguentando em desespero quieto é o jeito inglês
O tempo se foi, a canção terminou, pensei que tivesse algo mais a dizer)

Os anos são sempre os mesmos, não há nada a se esperar além de uma vida resumida a dias mediocres cercado de pessoas por todos os lados sem rumo ou destino, vivo perdido na imensidão dessa existência fria e vulgar.


-O rosto que esconde, o coração que omite, mãos que não tocam e olhos que revelam mais do que deveriam, sou eu.
 Alma aprisionada à vulgaridade da existência humana. Um messias de porra nenhuma. Rastejando na imundície da minha própria consciência.
 [...] Sou o último Rei de uma terra sem rosto e sem graça. Um ator, uma mentira e um poeta ou todos eles juntos e ao contrário se assim desejar.- 

(Em casa, em casa novamente,
Eu gosto de estar aqui quando posso
Quando eu chego em casa com frio e cansado,
É bom esquentar meus ossos ao lado do fogo
Muito longe, atravessando o campo
O badalar do sino de ferro
Convoca os fiéis a se ajoelharem
Para ouvir feitiços ditos em voz suave.)


Acordo pela manhã, meu dia é todo previsível... Acho que ja sentem minha falta e parecem se importar, mas na verdade querem ver minha capa religiosa, me querem ver na igreja fingindo a fé...é..e.
Me causa nojo ao passo que nem sei que rumo tomar, sou um ator e represento muito bem vivências que não sou eu. Volto para dentro de mim e nada vejo, não sei nada de química, nem física, tão pouco biologia, eu não sei de nada. 
Cada esquina que passo depois de um dia monótono, chego em casa cansado e deixo  cair um pedaço da minha vida no mar do esquecimento me levando ao mundo dos sonhos.
Meu vazio não se preenche com nada nem ninguém, de tanto ser pessimista acabei ficando sem fé, sem esperança, tudo ao meu redor são sombras/cópias que me envolve na tristeza, a luz está se apagando. Hoje meu reflexo é
de um garoto de "vidro quebrado", magro, feio, tosco, burro e meio maduro. Melancólico observando a vida como se olhasse para a chuva que cai do céu... Cheiro de cigarro, efeito do álcool faz parte do show de meu desfalecimento.
Acho graça na minha história e não sei mais o que dizer de tudo isso, fico calado.

capítulo 11

     Sábado pela manhã. acordo com aquela vontade de sair sem destino ou hora pra chegar em casa. Calço meu all star meio surradinho, tomo café,tento arrumar o cabelo mais sem muito sucesso e saio por ai...
Com fones de ouvido e uma possível musica ora grunge, ora sem destinção de gênero me motiva a continuar prosseguindo. Vejo rostos mais esquisitos, misteriosos e comuns. Aquele vendedor de frutas, aquela atendente da loja ou até mesmo um outro qualque á espera do condutor. Os carros para onde vão? E as crianças brincam para que? 
     Muitas faces, varias pessoas onde abrigam-se mundos, e histórias pra contar.
     Essa é minha mania, olhar para os lados perceber nos outros que deve haver algo além da aparência, ou esteriótipo comum.
     Ja me vejo longe de casa, janelas abertas deixam a brisa entrar nos prédios e casas, nos fones tocam uma musica qualquer, Led Zeppelin talvez, e me bate uma saudade de pessoas que ainda nem conheci.. 
     Dia estranho esse em que nada nem mesmo eu pareço existir, por momentos me vejo no delírio quando cansado me sento num banco de uma praça qualquer e começo a pensar no que se encaixa tudo o que se passa pela minha óptica como sendo uma realidade absoluta. Qual é a força que faz nossos corações baterem, nossas vidas prosseguirem e nossas historias sendo escritas ou contadas? Todos nós somos livros ou filmes, sendo escritos ou dirigidos. 
     Em minha mente começo a me lembar de pessoas que fizeram parte de mim por momentos felizes, que pareciam nunca acabar e vejo o quanto estão distantes, vejo o meu presente e não consigo ver além disso. Meus dias estão normais (acordar/ trabalho/estudo/namoro/estudo/dormir...repete tudo de novo/ cinco dias na semana/...Sábado/Domingo/...) e isso me deprime. Me levanto, avisto bêbados a conversarem assuntos de futebol ou mulheres, passo adiante, entro em qualquer loja a atendente me recebe com um sorriso de plástico, compro o que tinha de comprar e volto para casa. 
     Um brinde, a loucura, a solidão e ao vazio.

Legião Urbana

Os Anjos

(...)
Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
Dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça antes de levar ao forno temperar
Com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
e um tablete e meio de preguiça
(...)
Gostaria de não saber destes crimes atrozes
É todo dia agora e o que vamos fazer?
Quero voar pra bem longe mas hoje não dá
Não sei o que pensar e nem o que dizer
Só nos sobrou do amor
A falta que ficou.